24 de setembro de 2010

ABAIXO ASSINADO!

Clique no link e ajude a defender o Parque!


Parque Estadual do Sumidouro


Fotografias: Alexandre Liparini e Érika de Castro
Membros do Guano Speleo UFMG
2009 - Expedição motorizada em torno do PESU

MOVIMENTO AMIGOS DO PARQUE
Luta!
em defesa do PARQUE ESTADUAL DO SUMIDOURO.

Abaixo assinado encaminhado às autoridades governamentais em defesa pela preservação do PARQUE ESTADUAL DO SUMIDOURO como uma unidade de Proteção Integral.
Está em trâmite na Assembléia o Projeto de Lei Nº 4840 de 17 de agosto de 2010 do deputado Adalclever Lopes-PMDB que reduz o parque a uma Área de Proteção Ambiental, unidade de desenvolvimento sustentável que já existe na região onde o parque está inserido. Se aprovado o Projeto de Lei poderá extinguir o parque localizado próximo ao Aeroporto Internacional, norte de Belo Horizonte, nos municípios de Pedro Leopoldo e Lagoa Santa, com todo o seu patrimônio existente.

A inauguração do Parque do Sumidouro é resultado de uma luta que perdurou por mais de 30 anos. Atualmente ele já conta com mais de 80% de sua área regularizada, sendo portanto, de propriedade do Estado e da população. O parque foi criado com o objetivo de proteger o acervo de riquezas históricas e biológicas da região cárstica. O Sumidouro é um patrimônio histórico-natural de importância mundial. Suas cavernas são registros da existência de homens e animais pré-históricos. Foi lá que Peter Lund descobriu os registros do primeiro homem americano e a coexistência destes seres com a mega fauna extinta. Berço da arqueologia, paleontologia e espeleologia, a preservação dessa região se justifica no crescente desenvolvimento econômico e risco de ocupação desordenada do solo no Vetor Norte Metropolitano.

Precisamos garantir que o Parque continue sendo uma unidade de proteção integral desse patrimônio da humanidade e permita o desenvolvimento sustentável através de programas de geração de renda que incorpore a consciência ambiental ao Vetor Norte.

23 de setembro de 2010

Estrada atropela maior lago subterrâneo do Brasil, na Bahia

Enviado por Felipe Carvalho - membro do Guano Speleo UFMG.

Folha.com
A pavimentação de uma estrada no sudoeste da Bahia atropelou, literalmente, a caverna que abriga o maior lago subterrâneo do Brasil.
O estrago foi verificado por um espeleólogo e motivou a visita de uma equipe do Instituto Chico Mendes ao local na última sexta-feira.
O órgão, agora, quer descobrir se o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) errou na concessão da licença de um trecho da obra da rodovia BR-135 ou se o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) faz o trabalho num trecho não licenciado.
Grupo Bambuí/Divulgação
Vista do sistema de cavernas que abriga o lago subterrâneo no sudoeste baiano; espeleólogos relatam queda de pedras.
Vista do sistema de cavernas que abriga o lago subterrâneo no sudoeste baiano; espeleólogos relatam queda de pedras.
A vítima principal é o Buraco do Inferno da Lagoa do Cemitério, caverna que abriga o lago de 13.860 m2.
A gruta integra o sistema de cavernas João Rodrigues, no carste (formação de rocha calcária caracterizada por cavernas, que lembra um queijo suíço) de São Desidério, município baiano na fronteira da expansão da soja.
Segundo Alexandre Lobo, do Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas, há mais de uma centena de cavernas na região. Três dezenas delas são consideradas "expressivas" e deveriam estar protegidas. O Instituto Chico Mendes tem planos de criar uma unidade de conservação ali.
ALTERNATIVA
Em 2008, Lobo integrou uma equipe que mapeou as grutas na região de influência da BR-135. O objetivo era sugerir um traçado alternativo para a obra de pavimentação da estrada, justamente para desviá-la do carste.
No mês passado, o espeleólogo foi a São Desidério fazer fotos do lago subterrâneo. "Deparei com desmatamento e terraplenagem e as obras em curso", conta.
"No ponto onde o conduto [teto da caverna] é mais alto, sobre o lago, vi que havia blocos de rocha caídos recentemente", continua Lobo. "Há dolinas [buracos naturais na rocha calcária] entupidas, tudo isso resultado das máquinas que trabalham no local."
A estrada, é verdade, já passava por cima da caverna. Como era uma estrada de terra, porém, o trânsito local era pequeno. Quando o Dnit pediu a licença para pavimentar a estrada, que será usada para escoar a produção agrícola da região, o Ibama aproveitou para corrigir o traçado do trecho problemático.
Segundo o Dnit, 19 km dos 60 km da obra não receberam licença por decisão do Ibama. A obra continuou no restante. Em maio deste ano, o órgão autorizou que o asfaltamento prosseguisse por mais 14 km de estrada.
O Dnit afirmou à Folha, por meio de sua assessoria de imprensa, que a obra em curso se limita ao trecho autorizado. Os outros 5 km embargados, que segundo o departamento corresponderiam "à caverna", continuariam parados, à espera da conclusão do estudo sobre o desvio.
Lobo contesta o Dnit. Ele diz que há obras ocorrendo exatamente sobre a caverna.
"Inspecionamos a obra. Ela está ocorrendo", diz o gerente do Ibama em Barreiras, Zenildo Soares. "Falta definir as coordenadas do local onde ela foi impedida."
O espeleólogo Jussykledson de Souza, que mora em São Desidério, acompanhou na sexta a equipe do Instituto Chico Mendes que foi vistoriar o local. "O teto da caverna está caindo. Vimos blocos caírem", afirmou.
"Ter ou não ter licença só agrava a situação. O que nos preocupa é a integridade do sistema", disse Jocy Cruz, chefe do Cecav (Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas), do Instituto Chico Mendes.

Notícia Relacionada:

Revista "Turismo e Paisagens Cársticas" (SeTur/SBE) - Nova Edição (vol.3, n.1)

Sugerido por Fernanda Macedo - membro Guano Speleo UFMG.


A revista Turismo e Paisagens Cársticas (ISSN 1983-473X) editada pela Seção de Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SeTur/SBE) acaba de lançar mais um número (vol.3, n.1). Para acessar o sumário da revista, fazer seu download na íntegra ou por artigos, bem como conhecer as edições anteriores e as normas para produção e submissão de originais, acesse o seguinte endereço:





Nesta edição, foram publicados os seguintes artigos e resumos.:



ARTIGOS ORIGINAIS
Geoturismo: uma abordagem histórico-conceitual
Jasmine Cardozo Moreira

Espacializando a importância da caverna de Postojna (Postojnska Jama) para o turismo ao longo da história Eslovena

Luiz Eduardo Panisset Travassos & Wagner Barbosa Batella

O turismo como ferramenta para a proteção do patrimônio cultural arqueológico: um estudo na APA Carste de Lagoa Santa – MG

Débora Goulart Becheleni & Mirna de Lima Medeiros

Planejamento ambiental integrado e participativo na determinação da capacidade de carga turística provisória em cavernas

Heros Augusto Santos Lobo, Maurício de Alcântara Marinho, Eleonora Trajano, José Antonio Basso Scaleante, Bárbara Nazaré Rocha, Oscarlina Aparecida Furquim Scaleante & Francisco Villela Laterza





RESUMOS DE TESES E DISSERTAÇÕES
Avaliação do impacto de atividades turísticas em cavernas
José Antonio Basso Scaleante

Geoconservação e desenvolvimento sustentável na Chapada Diamantina (Bahia - Brasil)

Ricardo Galeno Fraga de Araújo Pereira




Boa leitura!
Heros Lobo - Editor Chefe





Sociedade Brasileira de Espeleologia
Desde 1969, trabalhando pelo desenvolvimento da espeleologia brasileira
www.sbe.com.br - (+55 19) 3296-5421 - Caixa Postal 7031, 13076-970, Campinas-SP, Brasil

6 de setembro de 2010

Escavação em Pains revela descoberta de dois sepultamentos indígenas de 8 mil anos

Enviado por:Fernanda Macedo.




CIDADES - PAINS
Divulgação MAC

O Município de Pains conhecido pela diversidade de cavernas e um número impressionante de sítios arqueológicos está passando por mais um momento histórico. O Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco (MAC) está realizando sua primeira escavação oficial. O trabalho revelou a descoberta de dois sepultamentos indígenas, que pode ter de 3 a 8 mil anos, o que o será apurado no laboratório. 


Divulgação MAC





A equipe coordenada pelo Curador do MAC e doutorando pela Universidade de São Paulo (USP), Gilmar Henriques Pinheiro Júnior, mais dois arqueólogos também pela USP, um doutorando e uma mestre além de uma acadêmica em história pela Fundação Educacional de Divinópolis (FUNEDI) e um auxiliar de pesquisas do MAC já retirou um dos achados, que foi levado para o Museu Arqueológico onde será preparado para compor o acervo. 






De acordo com Henriques, o sítio arqueológico que estava sendo tragado devido ao impacto de uma dolina, parece ter sido usado como ritual de sepultamento triplo. "É impressionante como se vê nitidamente o corpo deitado", explica o arqueólogo que pesquisa a região há mais de dez anos.

Os trabalhos de retirada devem durar pelos próximos quatro dias. 



*Elaine Martins

Fonte:ASSCOM - Pains

Fábio Luis Bondezan da Costa
Biólogo - UFMG
Mestre em Ensino de Biologia - PUC Minas